Radix entomolaris – um desafio endodôntico

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 12 Novembro , 09h00-10h30 – Ordem nº

Os primeiros molares mandibulares com mais de duas raízes são um exemplo interessante de variações anatómicas. A terceira raiz disto-lingual foi já referida na literatura em 1844 por Carabelli e é conhecida como Radix Entomolaris (RE). Este trabalho descreve dois casos clínicos com molares trirradiculados.

Descrição dos casos clínicos

No caso clínico 1, os canais foram instrumentados com limas K-Flexofile®, irrigados com hipoclorito de sódio (2,5%) e obturados pela técnica de compactação lateral com guta-percha e cimento AH Plus®.

No outro caso, que apresentava um instrumento separado, os canais foram instrumentados com limas ProFile® em rotação contínua, irrigados com hipoclorito de sódio (2,5%) e obturados com sistema Thermafil® e cimento Topseal®.

Estes casos espelham a importância do conhecimento e da correcta identificação das variações anatómicas que podem ocorrer nos molares inferiores.

Discussão

Os clínicos devem conhecer as variações morfológicas dos dentes e a sua incidência. Exames imagiológicos com angulações adequadas e a sua correcta interpretação são fundamentais para identificar as diversas variações anatómicas. No caso da RE a cavidade de acesso convencional de forma triangular deve ser modificada para uma forma trapezoidal de forma a melhor localizar a entrada de acesso do canal disto-lingual.

O acesso ao canal em linha recta é de fundamental importância dado que a maioria dos canais em raízes entomolaris são curvos.

Conclusão

Os dentes molares mandibulares com uma 3ª raiz apresentam-se como uma variação anatómica relativamente pouco comum, não sendo difícil a sua correcta identificação.

Por outro lado, actualmente estes dentes podem ser tratados com sucesso e com previsibilidade, assegurando os clínicos que estes tratamentos permitem a obtenção dos maiores padrões de qualidade de saúde oral.