Distalizador de Carriére no tratamento da Classe II sem extrações

Comunicação oral > Casos clínicos > Ortodontia

Auditório 5 – 16 novembro, 11h30 – Ordem nº 4

Maria Cristina de Faria Teixeira

Universidade de Lisboa

José Eduardo Prado de Souza

Caso clínico

Paciente do género feminino, 20 anos, recorre à consulta de ortodontia, referindo como principal motivo da consulta a protrusão dentária, salientando no entanto o facto de não pretender extrações dentárias por motivos ortodônticos. Não se identificaram antecedentes relevantes na história clínica. Exame extraoral no plano frontal sem assimetria significativa e com padrão mesofacial. No plano sagital identificou-se um perfil ligeiramente convexo com o mento recuado. Ao exame intraoral identificou-se uma Classe II molar e canina, overjet de 6mmm e overbite de 3mm. Os exames complementares selecionados foram: ortopantomografa, teleradiografia, modelos de estudo e fotografias. A análise cefalométrica revelou uma tendência para Classe II esquelética, incisivos superiores e inferiores proinclinados.

Diagnóstico

Classe II divisão 2.

Prognóstico

Reservado.

Plano de tratamento

Distalização molar com Distalizador de Carriére (DC) utilizando um arco lingual de Nance como mecanismo de ancoragem. Posterior colocação de aparatologia fixa autoligável.

Discussão

A Classe I molar e canina foi atingida cinco meses após a colocação do DC, observando-se diminuição do overjet. Os incisivos inferiores sofreram proinclinação. O DC, tal como descrito na literatura permitiu alcançar uma relação de Classe I no início do tratamento. Poderiam ter sido selecionados outros dispositivos de distalização, mas estes teriam provocado um movimento de mesialização dos dentes anteriores e uma perda de ancoragem significativa para além de exigirem a colocação de aparatologia fixa no início do tratamento.

Conclusão

No presente caso o DC foi eficiente no tratamento da mal oclusão de Classe II, mesmo antes da colocação de aparatologia fixa.