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Joana Paulos Cabrita
Universidade de Lisboa
Descrição dos casos clínicos
Caso 1: Doente do género feminino com 13 anos, com achado radiopaco associado dente 36. Trata-se de uma lesão assintomática, cujas características clínicas e radiográficas favorecem diagnóstico de osteíte condensante, tendo sido aconselhado apenas controlo periódico.
Caso 2: Doente do género feminino com 54 anos, com lesão tumoriforme na mandíbula posterior, assintomática e dura à palpação. Lesão radiopaca com limites regulares bem definidos. Foi realizada biopsia excisional, cujo exame anatomopatológico revelou diagnóstico de osteoma.
Caso 3: Doente do género feminino com 38 anos, com várias lesões radiopacas na mandíbula. Foi realizada biopsia incisional, cujo exame anatomopatológico corroborou diagnóstico de displasia cemento-óssea.
Caso 4: Doente do género feminino com 35 anos, com lesão radiopaca intraóssea. Foi realizada biopsia excisional, cujo exame anatomopatológico confirmou diagnóstico de odontoma complexo.
Caso 5: Doente do género masculino com 65 anos, com extensa área de exposição óssea na região posterior do maxilar superior direito, clinicamente compatível com osteonecrose maxilar associada a bisfosfonatos. Foi realizada remoção cirúrgica do sequestro ósseo, com eliminação da área de necrose.
Discussão
As lesões radiopacas dos maxilares podem representar alterações ósseas ou odontogénicas de diferentes etiologias. No diagnóstico diferencial deverão ser incluídos o cementoblastoma, osteoblastoma, osteoma osteóide, osteossarcoma, fibroma ossificante e cemento-ossificante, displasia fibrosa, osteorradionecrose, osteomielite, osteosclerose idiopática (enostose), exostoses e tórus.
Conclusões
O diagnóstico das lesões radiopacas dos maxilares poderá constituir um desafio para o médico dentista, assentando, nas características clínicas, radiográficas e histológicas.
Palavras-chave: lesões radiopacas, osteíte condensante, osteoma, displasia cemento-óssea, odontoma, osteonecrose dos maxilares.