Bruxismo: reabilitação
- Licenciado em Medicina Dentária, ISCS-N
- Assistente convidado de Reabilitação Oral, Oclusão e ATM do mestrado integrado em Medicina Dentária, do IUCS
- Pós-graduação em Oncologia Clínica, pelo ICBAS / IPO / Thomas Jefferson College
- Shadowing Program em DTM – Oral Facial Pain Center / Kentucky University
- Aluno de doutoramento, na Universidade de Barcelona
- Membro do GIRSO (Groupement Internationale pour la Recherche des Scientifique en Stomatologie et Odontologie)
- Sócio cofundador convidado da SPDOF (Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial)
Nacionalidade: Portugal
Área científica: Bruxismo
2016/11/12 10:00 – 2016/11/12 11:30 | Auditório C
Resumo da apresentação
A relação entre bruxismo e a má oclusão dentária é um dos tópicos na medicina dentária que tem recebido muita atenção, mas tem-se mantido mal compreendida.
Na atividade clínica dentária, a crença de que o bruxismo e a mordida estão etiologicamente relacionados é generalizada e comumente aceite.
Como consequência e, por muitas décadas, o tratamento do bruxismo incidiu sobre a remodelação da mordida como meta para alcançar uma oclusão e articulação dentária, que estivessem livres de desvios e interferências. Atualmente, possíveis associações entre bruxismo e aspetos da oclusão, nas quais se incluem as interferências oclusais e fatores relacionados com a anatomia das bases ósseas facial e oral, não mostram a sua envolvência na etiologia do bruxismo.
Mesmo que a maioria dos profissionais concorde que o bruxismo pode ter vários efeitos adversos (por exemplo, atrição dentaria, perda de tecidos periodontais, dor e disfunções temporomandibulares, fratura de dentes, restaurações ou implantes), a oclusão e articulação dentária não parecem evidenciar um papel mediador entre bruxismo e as suas supostas consequências no sistema mastigatório.
Assim, o restabelecimento da função oclusal, através da reabilitação oral, em pacientes total ou parcialmente edêntulos, ou ortodontia para correção das maloclusões, devem obedecer a critérios da boa prática clínica observando as características etiológicas, patofisiológicas e manifestações clínicas de um paciente com diagnóstico de bruxismo.