Carlos Alberto Feldens

Cárie precoce da infância: fatores de risco e estratégias de prevenção e controlo

  • Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil (1984)
  • Especialista em Odontopediatria e Mestre em Saúde Coletiva
  • Doutor em Epidemiologia – Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
  • Prática privada em Odontopediatria desde 1985, em Porto Alegre, Brasil
  • Professor do Programa de Graduação e Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Luterana do Brasil – Canoas – Brasil
  • 75 artigos publicados em revistas indexadas
  • Autor dos livros:

Promoção de Saúde Bucal em Odontopediatria. São Paulo: Ed. Artes Médicas, 2000. 144p.

Traumatismos na dentição decídua – Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 311p.

Cárie na Infância: uma abordagem contemporânea. São Paulo: Ed. Santos, 2012

  • Membro do corpo editorial da revista Dental Traumatology
  • Revisor das revistas International Journal of Paediatric Dentistry, Community Dentistry and Oral Epidemiology, Caries Research and Dental Traumatology

Nacionalidade: Brasil

Área científica: Odontopediatria

2016/11/12 10:00 – 2016/11/12 11:30 | Auditório D

Resumo da apresentação

A cárie dentária é a doença mais comum na infância em diferentes populações do mundo, podendo levar à dor, dificuldades mastigatórias, problemas de fala e emocionais e com forte impacto na qualidade de vida das crianças e dos seus familiares.

O conhecimento sobre os fatores de risco para a ocorrência de cárie precoce da infância é fundamental para o planeamento de estratégias de prevenção deste agravo. Esta conferência abordará os estudos recentes, que têm demonstrado que fatores comportamentais são determinantes para a ocorrência da doença, especialmente a introdução precoce de açúcar na vida da criança. Nesta perspetiva, a cárie dentária da infância vem sendo reconhecida como doença crónica não comunicável, ao lado de outras condições ou doenças, como obesidade e diabetes. Este conhecimento indica a necessidade de implementar ações de combate a fatores de risco comum a estas condições, principalmente orientação para práticas alimentares nos primeiros anos de vida.

Na sequência serão discutidas estratégias de controlo de cárie precoce da infância, com ênfase na sua aplicação clínica pelo dentista em nível individual e coletivo. Entre elas, destacam-se o uso de flúor individual e pelo profissional, aplicação de selantes e fluoreto diamino de prata, levando em consideração as características das crianças, famílias e comunidades. Vantagens, limitações e barreiras em relação a estas estratégias serão abordadas com base nas melhores evidências científicas disponíveis na atualidade.

Por fim, será proposto que os primeiros 1.000 dias de vida da criança (gestação e primeiros dois anos) representam ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade para a atuação de todo o profissional da saúde e gestor que trabalha com a promoção da saúde oral na infância.