Ole Fejerskov

Patologia da cárie e características das lesões: uma nova abordagem para o controle das lesões de cárie

Médico Dentista, licenciado pelo Royal Dental College, Aarhus, Dinamarca, em 1967. Iniciou o Doutoramento em 1970 e em 1973 é Doutor em Medicina Dentária. De 1973 a 1993 foi Professor e Regente responsável pelo Departamento de Anatomia Bucal, Patologia Dentária e Dentisteria Operatória. Entre 1979 e 1987 foi Diretor do Royal Dental College, Dinamarca.

Foi Reitor da Academia de Investigação Dinamarquesa desde 1993 a 1999. Durante o período de 1999 a 2006 foi Diretor da Fundação de Investigação Nacional Dinamarquesa, Copenhaga, Dinamarca. Entre 2007 e 2011 foi Professor e Chefe do Instituto de Anatomia, Universidade de Aarhus, Dinamarca. De 1993 a 2000 foi Vice-Presidente/Coordenador da Academia Nórdica para Estudos Avançados reconhecidos pelo Conselho de Ministros Nórdico. Durante 2 anos (2008-10) assumiu o cargo de Diretor do Centro Sino-Dinamarquês para a Educação e Investigação na Academia de Ciência Chinesa.

O Doutor Ole Fejerskov foi membro de diversos painéis de avaliação científica na Escócia, Finlândia, Noruega, Áustria e Suécia. Doutor Honorário na Universidade de Gotemburgo, Suécia; Universidade de Oslo, Noruega; Universidade de Oulo, Finlândia; Universidade de Sichuan, China; Professor Honorário no Hospital de Beijing e na Escola de Estomatologia da China Ocidental, Sichuan China.

Professor Visitante no Tokyo Dental College, Japão, na Universidade Louis Pasteur, Estrasburgo, França, na Universidade Nacional de Singapura e na Universidade de Perth, Austrália.

Publicou mais de 400 artigos e capítulos em livros internacionais. Editou e redigiu 8 livros internacional. Foi, durante vários anos, editor-chefe no CDOE e no J Oral Rehabil.

Nacionalidade: Dinamarca

Área científica: Cariologia e medicina dentária preventiva

2014/11/07 14:30 – 2014/11/07 19:00 | Auditório B

Resumo da apresentação

Os médicos dentistas passam a maior parte do seu tempo a tratar cárie dentária – e a refazer restaurações que falharam. Na maior parte dos países, o referido ocupa cerca de 85% do tempo no consultório médico-dentário.

Há apenas algumas décadas atrás, era comum assumir-se que após os 30 anos de idade a periodontite era a causa predominante da perda de dentes e, por isso, foi uma surpresa quando os dados científicos documentaram que a causa predominante para tal perda era a cárie dentária e, em particular, o tratamento restaurador. A resposta a tal facto tem sido centrada na chamada intervenção mínima.

No entanto, a abordagem clássica dos médicos dentistas que efetuam tratamentos restauradores é combater um desafio biológico: as lesões de cárie e as cavidades -independentemente das suas dimensões – devem ser preenchidas com resinas, compósitos ou metais, a fim de evitar a progressão da desmineralização cárie. Só muito recentemente é que a história natural da cárie dentária é apreciado e o conceito de Controlo da Cárie Dentária é aplicado. Sem o controlo de cárie dentária qualquer intervenção restauradora está condenada ao fracasso e, em última instância, pode resultar na extração do dente.

Esta apresentação vai reconsiderar o que é hoje conhecido sobre a iniciação e progressão da lesão. Qualquer intervenção deve ser baseada numa avaliação da lesão – sendo não-cavitada ou cavitada – se é considerada num estado ativo (ou seja, progredindo) ou inativo (ou seja, cessado). Apenas um exame clínico minucioso pode decidir isso!

O conceito de Controlo de Cárie será explicado e serão apresentadas evidências científicas do efeito dessa abordagem em crianças contemporâneas e populações adultas jovens. Possíveis consequências para a saúde oral da população adulta e idosa serão demonstradas. A conclusão é de que é possível prometer às gerações futuras uma dentição natural funcional ao longo da vida -, mas será necessária uma reconsideração completa do modo como os profissionais de saúde oral são preparados e organizados no futuro.