Apresentação

Formação pós-graduada foi a aposta da nova liderança da OMD

Em 2001, uma nova geração de médicos dentistas assumia as rédeas da profissão e elegia a formação contínua como uma das prioridades a trabalhar pela Ordem dos Médicos Dentistas. E o congresso era o evento científico impulsionador da educação pós-graduada por excelência. Portanto, era imperativo equipará-lo aos principais encontros de medicina dentária internacionais.

No ano em que uma nova equipa, liderada pelo mais jovem bastonário de sempre da OMD, Orlando Monteiro da Silva, tomou posse, a sua determinação em elevar o estatuto dos médicos dentistas teve efeitos práticos na forma como decorreu a organização do X Congresso da OMD, que se tornou cada vez mais profissional. E foi para alcançar essa maturidade científica que foi constituída a Comissão Técnico-Científica da OMD. António Felino foi a escolha natural para liderar. Um presidente que desde 1998 era o mentor que comandava a Comissão Científica dos congressos da OMD, uma das principais razões do sucesso do evento anual dos médicos dentistas.

Com a nova comissão, a OMD assumia como fundamental a educação pós-graduada para a valorização do profissional enquanto prestador de cuidados de saúde. Nesse sentido, retomava-se o processo de implementação da especialidade de ortodontia, até então em stand-by.

Nesse mesmo ano, assistia-se a uma reorganização da estrutura interna da OMD, com a criação de novos departamentos e meios. O recém-criado departamento de comunicação e imagem da OMD apresentava o Boletim Informativo e, por outro lado, trazia um novo impulso ao X Congresso.

A projeção da profissão

A X edição foi preparada a pensar na projeção social e profissional de uma classe que, já em 2001, era das mais bem preparadas em termos técnicos e académicos. Tinha chegado a hora da medicina dentária portuguesa se apresentar ao mundo. Meses antes da realização do congresso, a OMD e a Universidade do Porto celebravam um protocolo de colaboração no âmbito da formação contínua. Uma parceria pioneira que englobava igualmente projetos de cooperação internacional. Houve também uma aproximação com o Brasil. Primeiro com a realização simultânea do II Congresso Luso-Brasileiro de Saúde Oral. E, mais tarde, com a celebração de um protocolo semelhante com a Associação Brasileira de Odontologia – Bahia, designado “Congresso de Intercâmbio Profissional Portugal – Bahia”.

“Mantendo a filosofia de qualidade e variedade de temas e conferencistas, que vinha a ser constituída desde o primeiro congresso”, a X edição deu “ênfase a temas práticos de aplicação no consultório”. As palavras de Ricardo Henriques, presidente da Comissão Organizadora do Congresso de 2001, mencionavam “uma aposta bem recebida pelos colegas”: a formação direcionada para a prática clínica. Esta abordagem fazia sentido, sobretudo numa altura em que a Comissão Técnico-Científica da OMD trabalhava no sentido de reformular a tabela de nomenclatura, desenvolver um regulamento de acreditação de eventos e formar uma biblioteca científica e profissional.

X Congresso da OMD

A estratégia assumida pelas comissões do X Congresso deu frutos, pois de 6 a 8 de dezembro de 2001 acorreram ao Europarque, em Santa Maria da Feira, cerca de 2.300 congressistas, entre profissionais de saúde oral e estudantes de Medicina Dentária. A Expo-Dentária foi igualmente a maior de sempre com cerca de 3.021 visitantes. Ainda no âmbito do programa social, destaque para o jantar organizado pela OMD que teve como palco um ex-líbris da cidade do Porto, a Casa de Serralves.

Também os médicos dentistas a exercer fora da vida civil se tornaram presença assídua nos congressos da OMD ao comparecer no II Congresso de Medicina Dentária Militar, que voltou a ser organizado em simultâneo com o Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas.

Nesse inverno superaram-se, novamente, todas as expectativas. Uma tradição que esperamos que se repita este ano.

 

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