Apresentação

Medicina dentária “parou” para receber o ícone: Ivo Pitanguy

Em 1995, Ivo Pitanguy era uma celebridade, uma figura de destaque na área da estética dentária. Por isso, foi com enorme orgulho que as comissões científica e organizadora do IV Congresso da APMD anunciaram a sua presença, na sessão solene de abertura, a 1 de dezembro. Pela primeira vez em Portugal, Pitanguy brindou os médicos dentistas com a sua sabedoria, na célebre intervenção que ficou eternizada como “oração de sapiência”. A sua participação no evento anual da jovem classe, que se afirmava cada vez mais forte a cada ano que passava, captou inevitavelmente a atenção dos Media.

A ampla cobertura que a comunicação social deu ao evento elevou-o a um novo patamar, com responsabilidades acrescidas: a da notoriedade e o reconhecimento público. Tal como Pedro Couto Viana, da Comissão Organizadora, recordou anos mais tarde, “o Congresso APMD 1995 ficou indelevelmente marcado pela presença do cirurgião plástico brasileiro Ivo Pitanguy. A comunicação social deu ampla cobertura à sua presença atraindo grande atenção sobre o evento. A estética dentária e a harmonia facial entraram em força no congresso, mantendo-se nele até hoje, com grande atualidade”.

Se a presença de Ivo Pitanguy foi o ponto alto do evento de 1995, não menos importante foi a introdução de uma componente cultural, que perdura até hoje. Há 21 anos ainda não se falava de concursos e exposições de fotografia, mas realizava-se “pela primeira vez no congresso”, sob o lema O Médico Dentista e as Artes, “uma exposição de pintura que juntou cerca de 100 obras da autoria de oito médicos dentistas, que cultivavam essa atividade como “hobby””. Carlos Silva, secretário-geral da APMD à data, afirmou que essa inovação “refletia muito claramente a filosofia que ia marcar as realizações futuras deste evento: propor aos médicos dentistas um programa científico muito diversificado e suportado por conferencistas nacionais e estrangeiros de inquestionável valia científica”.

De facto, no IV Congresso da APMD a arte foi a figura central do evento. Desde o programa científico focado em duas vertentes – o estado da arte e a prática diária -, passando pela exposição artística, pela conferência do ícone da década de 90 e pelo logótipo do congresso, que foi desenhado por um escultor, António Nobre. Neste congresso, nem os acompanhantes dos congressistas foram esquecidos e tiveram direito a um programa cultural pela região de Aveiro.

Inédita foi a realização pelo segundo ano consecutivo do congresso no Norte do país, devido à maior concentração de profissionais e expositores nessa região. Na altura, em entrevista à Revista da APMD, Pedro Pires, “responsável por toda a estrutura física e parte social”, explicava que a escolha do Europarque para local do evento estava também relacionada com a componente audiovisual que facilitou “a transmissão de cirurgias em direto”.

“Este ano”, dizia Pedro Pires, “esperamos uma vez mais ultrapassar os mil congressistas”. Missão cumprida! Resultado final: 1013 congressistas e 21 conferencistas.

 

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