Apresentação

1993, o ano da “internacionalização científica assumida”

Um ano após a concretização do primeiro evento de medicina dentária, cuja participação superou todas as expectativas, na segunda edição, o “jovem” Congresso da Associação Profissional dos Médicos Dentistas partiu rumo à capital, em 1993, com um programa idealizado para a internacionalização científica.

O sucesso do I Congresso fez elevar a fasquia e para superar todas as expectativas era necessário apostar num espaço inovador, que reunisse condições para albergar o elevado número de congressistas, conferencistas e expositores. E o Centro Cultural de Belém detinha todos os requisitos: novidade, infraestruturas adequadas para congressos, 30.500 m2 de área bruta do centro de reuniões e 35.000 m2 de área bruta do centro de exposições.

“A realização, em 1993, de um dos maiores Congressos na área da saúde oral, representa o culminar de uma tarefa que os órgãos dirigentes da Associação tem entendido fundamental para a Formação Contínua Pós-Graduada dos Médicos Dentistas portugueses”, afirmava o presidente da APMD, João F. C. Carvalho, na cerimónia de abertura. Essa “tarefa laboriosa desenvolvida ao longo de um ano” culminou com a presença de mais de 500 profissionais no CCB, “que alguns consideraram o maior monumento português do século XX”. Porém, poucos se recordam que a história dos congressos de medicina dentária funde-se com a do CCB, já que este monumento de interesse público (assim classificado em 2002) abriu portas precisamente nesse ano.

Por outro lado, havia um outro objetivo a cumprir e mais tarde revelado por Sampaio Fernandes, da Comissão Organizadora do II Congresso da APMD, no livro dos 15 Anos de Congressos da OMD. “A internacionalização científica assumida, o arrojo e a novidade na escolha do local, e a forte aposta na vertente cultural ainda hoje marcam as realizações científicas da Ordem”, recordou. E de facto, o programa científico contou com oradores de referência, como Christian Stohler, Lars Hetland, Urs Brägger, Lluís Suñol Periu e Mariano Sanz.

Se a escolha do recém-inaugurado CCB para palco do II Congresso foi arrojada, a presença do 15º Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, na sessão solene foi um momento inédito em toda a história dos encontros de medicina dentária.

De 3 a 5 de dezembro, 14 conferencistas nacionais e cinco estrangeiros pisaram o palco do CCB, indicando que, como explicou Sampaio Fernandes, “os congressos da Ordem dos Médicos Dentistas são encontros incontornáveis de convergência profissional de medicina dentária, envolvendo todas as suas áreas científicas, com conferencistas nacionais e estrangeiros do mais elevado nível”.

Relativamente à exposição comercial, “os ótimos locais onde decorrem também espelham muito do que neles” acontece e, de facto, verificou-se um crescimento exponencial do número de marcas participantes. Setenta empresas integraram a exposição de material dentário, produtos farmacêuticos e de informática. Números que, segundo João F. C. Carvalho, transformaram este evento “num dos maiores congressos a nível nacional, quer em participantes, quer em exposição de materiais”. O desafio foi superado a cada edição e, para este ano, tal como em 1993, mantém-se a génese do Congresso OMD: um encontro organizado por e para médicos dentistas.

Galeria de imagens

Reveja os momentos que marcaram o II Congresso da APMD, na página de Facebook da OMD.

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