Uma pessoa infetada com Ébola não é considerada contagiosa até que os sintomas apareçam. Devido à natureza virulenta da doença, é altamente improvável que alguém com sintomas do ébola procure o médico dentista para realizar tratamentos dentários, quando está gravemente doente.

No entanto, de acordo com o Centro de Controlo e de Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América e o Departamento de Ciência da ADA, os médicos dentistas são aconselhados a solicitar o historial médico, bem como o histórico de viagens dos doentes com sintomas que levem a suspeitar de infeção viral.

Qualquer pessoa no prazo de 21 dias após o regresso de países da África Ocidental: Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacry, poderá estar em risco de ter contactado com pessoas infetadas com Ébola, embora não apresentando sintomas. Nestes casos, é aconselhado ao médico dentista adiar os tratamentos dentários até que tenham decorridos os 21 dias da viagem do doente e este não apresente manifestações da doença.

Para problemas orais graves, e infeção ou dor dentária, podem ser disponibilizados cuidados paliativos, depois de contacto com o médico assistente do doente em causa, desde que sejam respeitadas todas as precauções e barreiras físicas preconizadas pela DGS.

Temperatura elevada (febre) é frequentemente consequência de uma infeção, mas o Ébola não é a única infeção com sintomas e sinais similares. Os sintomas mais comuns de uma infeção com Ébola são:

  • febre (superior a 38.6ºc) e dores fortes de cabeça
  • dores musculares
  • vómito
  • diarreia
  • dores abdominais, sangramento sem causa ou hematomas

Recomenda-se que, perante estes sintomas e suspeitas de Ébola, não sejam efetuados tratamentos dentários. Se um doente se sentir febril e tiver viajado recentemente para países afetados pelo vírus do Ébola, o médico dentista e restantes colaboradores, no caso de contacto com o doente, deverão:

  • utilizar equipamento específico de proteção individual (EPI) de barreira (batas; máscaras; proteção facial e luvas);
  • cumprir as orientações da DGS.

O vírus do Ébola é transmitido por contacto direto (através de lesões na pele ou na mucosa), com sangue, fluídos corporais (urina, fezes, saliva, vómito e sémen) de doentes com Ébola ou através de objetos (agulhas) que foram contaminadas com o vírus. O vírus do Ébola não é transmitido através do ar nem através da água, ou de um modo geral através dos alimentos. Não existe qualquer relato de risco de transmissão do Ébola através de doentes infetados assintomáticos.

Informação e recursos relativos ao vírus do Ébola são publicados no site do CDC e da DGS. Um checklist para prestadores de saúde (PDF) referente ao Ébola, está disponibilizado no site do CDC. Queira por favor consultar www.ada.org/ebola para informação atualizada sobre esta importante matéria de interesse público.